quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Terapia Ocupacional na Prevenção da Doença Ocupacional

Dra. Adriana Fernandes
Terapeuta Ocupacional

O trabalho é uma das tarefas mais organizadoras psiquicamente que caracteriza o homem e as suas relações. Por isso que ocupa um espaço muito importante na vida de todos, ou seja, quase todo mundo trabalha, e uma grande parte de nossa vida é passada dentro do ambiente de trabalho visto que possui um papel muito importante em nossa sociedade e nela a pessoa começa a ingressar cada vez mais cedo.
E com todo esse sistema, a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação constante das empresas e dos colaboradores, visto que a satisfação desses dependerá da capacidade de realização de todo um potencial, iniciativa, habilidades ocupacionais e laborativa.
Considerando que um trabalhado pode trazer inúmeras satisfações ao colaborador, também poderá proporcionar um adoecimento mental, físico e social tornando-o incapacitado para o trabalho.
Dentre as diversas situações relacionadas à saúde do trabalhador é que a Terapia Ocupacional devolve programa de intervenção terapêutica ocupacional onde desenvolve através de atividades terapêuticas um enfoque educativo, preventivo, curativo ou reabilitador em uma abordagem individual ou grupal objetivando possibilitar a redução da fadiga, a redução do uso indevido de substâncias psicoativas, desgaste do trabalhador, acidente de trabalho e o absenteísmo, proporcionando aumentar o conforto, a motivação, a produtividade, a rentabilidade e a satisfação com o seu trabalho, entre outros.
A Terapia Ocupacional utiliza como tratamento a fazer/trabalho que é um determinante organizador do comportamento humano e que usado terapeuticamente produz uma reorganização do comportamento cotidiano, possui um papel fundamental no Campo da saúde do trabalhador, trazendo assim, muitos benefícios aos indivíduos, como por exemplo, estimular seus interesses, seus pensamentos, suas reflexões, sendo esta uma forma de tratamento mais durável e eficaz, levando em conta, principalmente, as necessidades físicas, mentais e sócio-culturais de cada indivíduo.
A Terapia Ocupacional já vem desenvolvendo suas atividades em empresas nos mais diversos programas que visam à saúde do trabalhador propiciando a melhoria da produtividade, das condições de trabalho, do desempenho profissional por parte do funcionário.
Concluímos que a terapia ocupacional tem cada vez mais baseado a sua intervenção na escuta dos trabalhadores, e oferecendo ações que fomentem discussões coletivas no ambiente de trabalho para que os trabalhadores possam também identificar problemas e riscos presentes no cotidiano de suas tarefas, e que o terapeuta ocupacional é capaz de "olhar" para as questões do mundo do trabalho não só de forma técnica e analítica, mas com uma sensibilidade única, entendendo que a saúde é como um objetivo que não se produz do exterior e sim se ganha, se conquista e se defende e que para cada pessoa a saúde é ter meios de traçar um caminho pessoal e original para o bem-estar físico, psíquico e social, por isso o terapeuta ocupacional considera o trabalho como sujeito do processo de sua ação.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Iluminação em ambientes de trabalho

A iluminação é um fator que influencia diretamente o conforto, a produtividade e até mesmo a saúde dos profissionais no ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, além de atrapalhar o rendimento das pessoas, também pode deixar uma imagem negativa da sua marca ou empresa junto ao público. Já uma boa iluminação externa, por exemplo, valoriza a imagem da empresa, funcionando como uma forma eficiente de divulgar a marca.
Os projetos de iluminação dos ambientes de trabalho raramente se preocupam com o tipo de tarefa que será realizada no local mesmo existindo a exigência legal da NBR-5413 (Norma de Iluminação) NR-9 (Norma de Prevenção de Riscos Ambientais).
A Tabela abaixo apresenta alguns níveis de iluminância necessários a alguns ambientes e tarefas.

NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA PARA INTERIORES (NBR-5413)
AMBIENTE OU TRABALHO - LUX
Sala de espera. - 100
Garagem, residência, restaurante - 150
Depósito, indústria (comum) - 200
Sala de aula - 300
Lojas, laboratórios, escritórios - 500
Sala de desenho (alta precisão) - 1.000
Serviços de muito alta precisão - 2.000

O aparelho usado para medir a iluminância é o luxímetro como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.

Dicas de Iluminação do Local de Trabalho
- Excesso de luz é um problema comum nas empresas e nos escritórios. Muita luz, no entanto, não significa luz adequada. Pelo contrário, pode atrapalhar e gerar uma sensação de desconforto.
O limite mínimo também deve ser observado. A iluminação da área de trabalho deve apresentar, no mínimo, 500 luxes, o que é fiscalizado pelo Ministério do Trabalho.
- Além da iluminação geral, algumas atividades exigem uma iluminação mais pontual na mesa de trabalho (desklight).
- O excesso da luz solar deve ser controlado com cortinas e persianas. Há uma tendência em se aproveitar a luz natural, sempre complementando-a com a iluminação artificial.
- Ao longo do dia, as pessoas têm necessidades diferentes - normalmente decrescentes - de iluminação. Identificar essa variação pode ajudar no rendimento do trabalho.
- Iluminação com cores diferentes torna o ambiente de trabalho menos monótono, causando uma sensação de bem-estar.
- Também é possível utilizar recursos de iluminação em paredes, para torná-las mais aconchegantes.
- O computador nunca deve receber a luz natural da janela diretamente na tela. O ofuscamento prejudica a concentração e a saúde.
- Pesquisa feita nos Estados Unidos demonstrou que aqueles que ficavam perto de janelas tinham 23% menos queixa de dor nas costas, dor de cabeça e exaustão.
- Remova lâmpadas onde há mais luz do que o necessário, mas certifique-se de manter uma iluminação boa em locais de trabalho para não prejudicar seu desempenho ou evitar acidentes (áreas com máquinas).
- Realizando a limpeza de paredes, tetos e pisos e utilizar cores claras no ambiente de trabalho e estudo, melhoram a iluminação do local e você se sentirá mais confortável e disposto no seu local de trabalho.

http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ergo9.htm

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Acidente de Trabalho X Perdas Materiais

A visão mais comum sobre o acidente de trabalho é aquela ligada às pessoas, mas não devemos nos esquecer que os acidentes causam inúmeros prejuízos materiais. Quando acontece um acidente, máquinas e equipamentos podem ser quebrados ou danificados paralisando linhas de produção, atrasando entregas e causando perdas financeiras que às vezes levam tempo para voltar ao normal.
Além disso, muitos acidentes terminam em mortes ou aposentadorias precoces, fazendo com que todo o investimento em treinamento seja perdido. Claro que tudo isso é muito pouco diante de uma vida humana, mas o fator material não pode ser ignorado. Quando algo é destruído ou algum tempo foi perdido, isso é para sempre, não há como recuperá-los. A empresa pode ter um seguro ou uma reserva de capital para recompor os danos, mas os valores perdidos são para sempre, pois alguém lá na ponta vai pagar esse prejuízo, quer seja através de uma seguradora ou pelos próprios recursos da empresa.
Já ouvimos muitas vezes que devemos “correr atrás do prejuízo”, uma frase totalmente equivocada, pois devemos correr é atrás do lucro, só louco corre atrás de prejuízos. Também já ouvimos falar em “recuperar o tempo perdido”, outra frase sem sentido, pois o tempo uma vez perdido, está perdido para sempre.
O Profissional de Segurança do Trabalho tem como objetivo a prevenção dos acidentes buscando implementar medidas de Segurança que visam minimizar prejuízos de qualquer ordem.
A empresa através de seus representantes tem a obrigação de facilitar “a vida” do Técnico em Segurança, fornecendo-lhe todo o suporte necessário para que o seu trabalho surta efeito, pois só assim os riscos de perdas serão minimizados e a empresa pode obter resultado sempre positivo na sua política de Segurança do Trabalho e conseqüentemente poupando seus equipamentos e maquinários.
O grande desafio do Técnico é aliar a Segurança do Trabalho as constantes reduções de orçamentos da empresa, mas cabem algumas perguntas: Isso é possível? Como uma empresa pode diminuir seus custos sem atingir o setor de Segurança do Trabalho? A resposta para essas perguntas está no ganho da produtividade, pois menos acidentes significam menos afastamentos e menos afastamentos se traduz em mais dias trabalhados.
Um ambiente de trabalho planejado, organizado e com todas as normas de Segurança do Trabalho implementadas, fornece ao trabalhador tranqüilidade para o exercício da função e seguramente haverá aumento de produtividade.
A empresa deve manter programas de educação para os seus colaboradores para que transformem o ambiente de trabalho num local onde todos são responsáveis. Nenhum problema deve ser ignorado, pois se uma peça falhar, todos poderão pagar por essa negligência.
A Segurança do Trabalho e o cumprimento das Normas de Segurança é uma responsabilidade das empresas, quem cumprir, não faz mais que a obrigação e para aquelas que desobedecem, cabe ao MTB através das DRT´s e aos Sindicatos identificarem o que está errado e aplicar as medidas necessárias quer seja através de multas ou advertências, para que as empresas façam a sua parte.
Uma empresa não é criada para obter prejuízos e sim lucros, mas o lucro não deve prevalecer sobre a vida humana. Para que haja equilíbrio entre capital e trabalho, a empresa deve proteger o trabalhador.
Os acidentes e os enormes prejuízos por eles causados, já deveriam estar em pauta nas empresas há muito tempo, não há como cortar custos atingindo a Segurança do Trabalho. Uma política de Segurança do Trabalho bem implementada e uma consciência empresarial moderna focada na prevenção são fatores decisivos para uma empresa saudável e economicamente viável.

http://segtrabsabe.blogspot.com/2008/11/o-acidente-de-trabalho-e-as-perdas.html