quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Terapia Ocupacional na Prevenção da Doença Ocupacional

Dra. Adriana Fernandes
Terapeuta Ocupacional

O trabalho é uma das tarefas mais organizadoras psiquicamente que caracteriza o homem e as suas relações. Por isso que ocupa um espaço muito importante na vida de todos, ou seja, quase todo mundo trabalha, e uma grande parte de nossa vida é passada dentro do ambiente de trabalho visto que possui um papel muito importante em nossa sociedade e nela a pessoa começa a ingressar cada vez mais cedo.
E com todo esse sistema, a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação constante das empresas e dos colaboradores, visto que a satisfação desses dependerá da capacidade de realização de todo um potencial, iniciativa, habilidades ocupacionais e laborativa.
Considerando que um trabalhado pode trazer inúmeras satisfações ao colaborador, também poderá proporcionar um adoecimento mental, físico e social tornando-o incapacitado para o trabalho.
Dentre as diversas situações relacionadas à saúde do trabalhador é que a Terapia Ocupacional devolve programa de intervenção terapêutica ocupacional onde desenvolve através de atividades terapêuticas um enfoque educativo, preventivo, curativo ou reabilitador em uma abordagem individual ou grupal objetivando possibilitar a redução da fadiga, a redução do uso indevido de substâncias psicoativas, desgaste do trabalhador, acidente de trabalho e o absenteísmo, proporcionando aumentar o conforto, a motivação, a produtividade, a rentabilidade e a satisfação com o seu trabalho, entre outros.
A Terapia Ocupacional utiliza como tratamento a fazer/trabalho que é um determinante organizador do comportamento humano e que usado terapeuticamente produz uma reorganização do comportamento cotidiano, possui um papel fundamental no Campo da saúde do trabalhador, trazendo assim, muitos benefícios aos indivíduos, como por exemplo, estimular seus interesses, seus pensamentos, suas reflexões, sendo esta uma forma de tratamento mais durável e eficaz, levando em conta, principalmente, as necessidades físicas, mentais e sócio-culturais de cada indivíduo.
A Terapia Ocupacional já vem desenvolvendo suas atividades em empresas nos mais diversos programas que visam à saúde do trabalhador propiciando a melhoria da produtividade, das condições de trabalho, do desempenho profissional por parte do funcionário.
Concluímos que a terapia ocupacional tem cada vez mais baseado a sua intervenção na escuta dos trabalhadores, e oferecendo ações que fomentem discussões coletivas no ambiente de trabalho para que os trabalhadores possam também identificar problemas e riscos presentes no cotidiano de suas tarefas, e que o terapeuta ocupacional é capaz de "olhar" para as questões do mundo do trabalho não só de forma técnica e analítica, mas com uma sensibilidade única, entendendo que a saúde é como um objetivo que não se produz do exterior e sim se ganha, se conquista e se defende e que para cada pessoa a saúde é ter meios de traçar um caminho pessoal e original para o bem-estar físico, psíquico e social, por isso o terapeuta ocupacional considera o trabalho como sujeito do processo de sua ação.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Iluminação em ambientes de trabalho

A iluminação é um fator que influencia diretamente o conforto, a produtividade e até mesmo a saúde dos profissionais no ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, além de atrapalhar o rendimento das pessoas, também pode deixar uma imagem negativa da sua marca ou empresa junto ao público. Já uma boa iluminação externa, por exemplo, valoriza a imagem da empresa, funcionando como uma forma eficiente de divulgar a marca.
Os projetos de iluminação dos ambientes de trabalho raramente se preocupam com o tipo de tarefa que será realizada no local mesmo existindo a exigência legal da NBR-5413 (Norma de Iluminação) NR-9 (Norma de Prevenção de Riscos Ambientais).
A Tabela abaixo apresenta alguns níveis de iluminância necessários a alguns ambientes e tarefas.

NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA PARA INTERIORES (NBR-5413)
AMBIENTE OU TRABALHO - LUX
Sala de espera. - 100
Garagem, residência, restaurante - 150
Depósito, indústria (comum) - 200
Sala de aula - 300
Lojas, laboratórios, escritórios - 500
Sala de desenho (alta precisão) - 1.000
Serviços de muito alta precisão - 2.000

O aparelho usado para medir a iluminância é o luxímetro como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.

Dicas de Iluminação do Local de Trabalho
- Excesso de luz é um problema comum nas empresas e nos escritórios. Muita luz, no entanto, não significa luz adequada. Pelo contrário, pode atrapalhar e gerar uma sensação de desconforto.
O limite mínimo também deve ser observado. A iluminação da área de trabalho deve apresentar, no mínimo, 500 luxes, o que é fiscalizado pelo Ministério do Trabalho.
- Além da iluminação geral, algumas atividades exigem uma iluminação mais pontual na mesa de trabalho (desklight).
- O excesso da luz solar deve ser controlado com cortinas e persianas. Há uma tendência em se aproveitar a luz natural, sempre complementando-a com a iluminação artificial.
- Ao longo do dia, as pessoas têm necessidades diferentes - normalmente decrescentes - de iluminação. Identificar essa variação pode ajudar no rendimento do trabalho.
- Iluminação com cores diferentes torna o ambiente de trabalho menos monótono, causando uma sensação de bem-estar.
- Também é possível utilizar recursos de iluminação em paredes, para torná-las mais aconchegantes.
- O computador nunca deve receber a luz natural da janela diretamente na tela. O ofuscamento prejudica a concentração e a saúde.
- Pesquisa feita nos Estados Unidos demonstrou que aqueles que ficavam perto de janelas tinham 23% menos queixa de dor nas costas, dor de cabeça e exaustão.
- Remova lâmpadas onde há mais luz do que o necessário, mas certifique-se de manter uma iluminação boa em locais de trabalho para não prejudicar seu desempenho ou evitar acidentes (áreas com máquinas).
- Realizando a limpeza de paredes, tetos e pisos e utilizar cores claras no ambiente de trabalho e estudo, melhoram a iluminação do local e você se sentirá mais confortável e disposto no seu local de trabalho.

http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/ergo9.htm

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Acidente de Trabalho X Perdas Materiais

A visão mais comum sobre o acidente de trabalho é aquela ligada às pessoas, mas não devemos nos esquecer que os acidentes causam inúmeros prejuízos materiais. Quando acontece um acidente, máquinas e equipamentos podem ser quebrados ou danificados paralisando linhas de produção, atrasando entregas e causando perdas financeiras que às vezes levam tempo para voltar ao normal.
Além disso, muitos acidentes terminam em mortes ou aposentadorias precoces, fazendo com que todo o investimento em treinamento seja perdido. Claro que tudo isso é muito pouco diante de uma vida humana, mas o fator material não pode ser ignorado. Quando algo é destruído ou algum tempo foi perdido, isso é para sempre, não há como recuperá-los. A empresa pode ter um seguro ou uma reserva de capital para recompor os danos, mas os valores perdidos são para sempre, pois alguém lá na ponta vai pagar esse prejuízo, quer seja através de uma seguradora ou pelos próprios recursos da empresa.
Já ouvimos muitas vezes que devemos “correr atrás do prejuízo”, uma frase totalmente equivocada, pois devemos correr é atrás do lucro, só louco corre atrás de prejuízos. Também já ouvimos falar em “recuperar o tempo perdido”, outra frase sem sentido, pois o tempo uma vez perdido, está perdido para sempre.
O Profissional de Segurança do Trabalho tem como objetivo a prevenção dos acidentes buscando implementar medidas de Segurança que visam minimizar prejuízos de qualquer ordem.
A empresa através de seus representantes tem a obrigação de facilitar “a vida” do Técnico em Segurança, fornecendo-lhe todo o suporte necessário para que o seu trabalho surta efeito, pois só assim os riscos de perdas serão minimizados e a empresa pode obter resultado sempre positivo na sua política de Segurança do Trabalho e conseqüentemente poupando seus equipamentos e maquinários.
O grande desafio do Técnico é aliar a Segurança do Trabalho as constantes reduções de orçamentos da empresa, mas cabem algumas perguntas: Isso é possível? Como uma empresa pode diminuir seus custos sem atingir o setor de Segurança do Trabalho? A resposta para essas perguntas está no ganho da produtividade, pois menos acidentes significam menos afastamentos e menos afastamentos se traduz em mais dias trabalhados.
Um ambiente de trabalho planejado, organizado e com todas as normas de Segurança do Trabalho implementadas, fornece ao trabalhador tranqüilidade para o exercício da função e seguramente haverá aumento de produtividade.
A empresa deve manter programas de educação para os seus colaboradores para que transformem o ambiente de trabalho num local onde todos são responsáveis. Nenhum problema deve ser ignorado, pois se uma peça falhar, todos poderão pagar por essa negligência.
A Segurança do Trabalho e o cumprimento das Normas de Segurança é uma responsabilidade das empresas, quem cumprir, não faz mais que a obrigação e para aquelas que desobedecem, cabe ao MTB através das DRT´s e aos Sindicatos identificarem o que está errado e aplicar as medidas necessárias quer seja através de multas ou advertências, para que as empresas façam a sua parte.
Uma empresa não é criada para obter prejuízos e sim lucros, mas o lucro não deve prevalecer sobre a vida humana. Para que haja equilíbrio entre capital e trabalho, a empresa deve proteger o trabalhador.
Os acidentes e os enormes prejuízos por eles causados, já deveriam estar em pauta nas empresas há muito tempo, não há como cortar custos atingindo a Segurança do Trabalho. Uma política de Segurança do Trabalho bem implementada e uma consciência empresarial moderna focada na prevenção são fatores decisivos para uma empresa saudável e economicamente viável.

http://segtrabsabe.blogspot.com/2008/11/o-acidente-de-trabalho-e-as-perdas.html

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Formando Técnicos em Segurança no Trabalho

Ivane R. F. Kerschbaumer – Diretora da ETVARPE
Adriano Johann – Coordenador de Curso Técnico em Segurança no Trabalho

A ETVARPE – Escola Técnica Vale do Rio do Peixe, é uma escola comunitária, criada com recursos do governo federal, que visa a qualificação e requalificaçao da mão-de-obra do setor industrial. É uma escola idealizada dentro de padrões inovadores de formação profissional dispondo de ótima estrutura física e professores qualificados. Conta com o apoio de importantes entidades do setor empresarial, educacional e político.
A ETVARPE oferece o Curso Técnico em Segurança do Trabalho, formando o profissional com um sólido conhecimento da legislação pertinente, com conhecimentos de higiene no trabalho e noções de primeiros socorros e com capacidade de prevenção e avaliação de riscos do trabalho no setor industrial. Também desenvolve no futuro profissional, a capacidade de implantação de programas de Segurança no Trabalho nas empresas e indústrias da região.
A segurança no trabalho tem por objetivo proteger os trabalhadores dos riscos ambientais no ambiente ocupacional, promovendo o bem estar, a segurança e a saúde de todos os colaboradores. Essa necessidade é também hoje uma exigência legal, à qual as empresas estão se adaptando e fazendo com que o mercado de trabalho para os profissionais de saúde e segurança esteja se ampliando e necessitando de profissionais com formação normatizada, de nível técnico ou superior, conforme a complexidade da atuação.
O profissional da área prevencionista busca desenvolver atividades de conscientização de empregadores e empregados a fim de evitar os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O trabalhador que compõe o SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho) desenvolve atividades baseadas nas Normas Regulamentadoras, Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e outras normas e leis que visam à preservação do meio ambiente e do ambiente de trabalho, proporcionando segurança a todas as pessoas envolvidas no processo produtivo.
A segurança no trabalho surgiu para diminuir os impactos causados aos trabalhadores que estavam expostos a condições de risco e consequentemente diminuir o número de trabalhadores afastados por acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. Hoje, num conceito mais avançado das atividades do profissional ligado a área prevencionista, concluímos que não basta apenas evitar lesões no trabalhador, necessário se faz, aperfeiçoar o conceito de TRABALHO, passando a ser um meio de realização social, alcançando dentro de um nível prazeroso e confortável a satisfação em realizar atividades laborais.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

FONOAUDIOLOGIA

Adolfo Félix Marca - Fonoaudiólogo

O tempo foi passando, centenas e centenas de anos, até que no afã do prosseguir melhorando as condições de vida do Ser Humano, a indústria em desenvolvimento constante, trouxe consigo o ruído intensivo e nocivo, intoxicando-nos aos poucos, lesando-nos lentamente, constantemente e nos deixando seqüelas muitas vezes irreversíveis.
O ruído é o que mais colabora para a existência da poluição sonora. Ele é provocado pelo som excessivo das indústrias, canteiros de obras, meios de transporte e de comunicação, áreas de recreação, etc. Estes ruídos provocam efeitos negativos para o sistema auditivo das pessoas, além de provocar alterações comportamentais e orgânicas, afetando a vida social da pessoa.
Por várias vezes, muitas pessoas são submetidas a esse tipo de poluição sonora e nem se dão conta do quanto vai prejudicar sua saúde, que podem ser:

Reações generalizadas ao stress:
Reações físicas: Os ruídos aumentam a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e as contrações musculares. Assim dificultando o funcionamento fisiológico do organismo.
Alterações mentais e emocionais: manifesta-se através de irritabilidade, ansiedade, excitabilidade, desconforto, medo, tensão e insônia.
Efeitos sobre o rendimento no trabalho: conforme o nível de decibéis afeta desfavoravelmente a produtividade, bem como a qualidade do produto
Efeitos sobre a comunicação: O barulho intenso provoca o mascaramento da voz. Este tipo de interferência atrapalha a execução ou o entendimento de ordens verbais, a emissão de avisos de alerta ou perigo e pode ser causa indireta de acidentes.
Não só a poluição sonora, mais existem inúmeros fatores que nos levam a perda auditiva, a audição é fundamental para ser humano, pois é com a audição que vamos aprender a falar, escrever corretamente e nos comunicarmos , quando perdemos a audição não perdemos somente a capacidade de ouvir mais sim de comunicação em geral.
Com a perda da auditiva a nossa comunicação oral ficara dificultada, a comunicação escrita também passara a ser um obstáculo, afinal para transferirmos nossas idéias para o papel precisamos conhecer as letras, a voz também fica comprometida.
Conforme os anos passam, ficamos mais velhos, isso é a lei da vida e com isso irão aparecer vários problemas, a audição também é muito importante para o idoso; eles precisam escutar bem para não se isolarem. O isolamento, leva a depressão, por isso é indicado adaptar um aparelho auditivo.
No mundo, a perda auditiva esta entre as doenças que mais atingem as pessoas, pois é uma doença “silenciosa”, que se instala aos poucos sem você perceber e muita vez torna-se irreversível.

Por isso Preserve sua Audição
Quem? Como? Heim? Quando?...CUIDADO, você pode estar apresentando sintomas de alteração auditiva, descarte essa hipótese, tire sua duvida...! Preservar sua audição é preservar sua saúde. Tenha uma melhor qualidade de vida em seu dia a dia, melhore a convivência com seus familiares, amigos e principalmente no seu trabalho. No caso de você identificar algum problema ou mesmo qualquer dúvida, procure um fonoaudiólogo para uma orientação correta.
“O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e reabilitação na área da comunicação oral e escrita, voz e audição”.
Previna-se, faça um acompanhamento.

Melhores informações com Dr. Adolfo F. Marca
Contatos: Joaçaba (49) 3521 2279 ou Catanduvas (49) 3525 1216

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

UM POUCO SOBRE ERGONOMIA

Ederson Luiz Topanotti - Fisioterapeura, acupunturista e em especialização em Ergonomia


A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”.

Objeto da ergonomia - “estudo do complexo formado pelo operador humano e seu trabalho”

Objetivo da Ergonomia – analisar os padrões de comportamento: gestos, postura, verbalizações, comunicações e dos processos mentais que os governam, os mecanismos psicológicos que os afetam, as emoções que os influenciam, ou seja, todos os tipos de fenômenos que ocorrem durante as atividades de trabalho.
A ergonomia enquanto disciplina, tem suas origens na II guerra mundial. Em seguida, foi adotado o termo “ergonomics” por Murrel, engenheiro ingles com adoção oficial 12 de julho de 1949, com criação da primeira sociedade de ergonomia, a “ergonomics Research Society” na Inglaterra.
Em 1957 foi criada a Human Factors Society, Human Factors ou Human Engineering. É a denominação usada nos EUA.

Tipos de Ergonomia:

Ergonomia de concepção

A ergonomia na concepção, ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante a fase inicial do projeto do produto, da máquina ou do ambiente. Esta é a melhor situação, pois as alternativas poderão amplamente examinadas, mas também se exige maior conhecimento e experiência, porque as decisões são tomadas em cima de situações hipotéticas.

Ergonomia de correção

A ergonomia na correção, é aplicada em situações reais, já existentes, para resolver problemas relacionadas a falta de conforto na realização do trabalho. Em alguns casos, a solução encontrada não é satisfatória, pois exigiria custo muito elevado, por exemplo, substituição de mobiliários e máquinas e colocação de dispositivos de segurança.

Ergonomia de conscientização

A ergonomia de conscientização é a complementação das fases de concepção e correção, pois proporciona aos empregados capacitação para utilização correta dos recursos oferecidos pela empresa para realização do trabalho, através de treinamentos e reciclagens periódicas.


Porque Usar a Ergonomia?

Novas tecnologias, competividade de mercado, produtividade x qualidade
Necessidade de melhoria das praticas das tarefas com:


EFICACIA
SEGURANÇA
QUALIDADE

A ergonomia se esforça para conhecer o comportamento do operador. Asua abordagem faz distinção entre:
trabalho prescrityo= tarefa
Trabalho real = atividade

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ESGOTAMENTO FÍSICO E MENTAL CAUSADO PELO TRABALHO (SÍNDROME DE BURNOUT)

Miguelina Zagonel - Psicóloga e Coordenadora do SOST

Na saúde o termo é usado para definir um esgotamento físico e mental crônico causado pelo trabalho. A síndrome de Burnout é um tipo de estresse ocupacional, caracterizada por exaustão emocional apatia extrema, desinteresse pelo trabalho e lazer, depressão, alterações de memória e do humor, fadiga, enxaqueca, dores musculares e distúrbio do sono. A enfermidade acomete principalmente profissionais que lidam diretamente com pessoas, expostos a situações de extrema pressão, jornadas exaustivas, responsabilidades e frustrações. Um estudo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores evidencia uma situação grave aponta que cerca de 30% dos trabalhadores no País são vítimas do Burnout. Desde 1999, o Ministério da saúde reconhece a síndrome como uma doença do trabalho.
Uma das explicações para que a síndrome acometa profissionais que estejam diretamente ligados a outras pessoas é o fato de “essas pessoas ter no trabalho sua principal fonte de satisfação, por isso são mais vulneráveis” explica a psicóloga Miquelina Zagonel, integrante do SOST.
Os principais sintomas foram identificados pelo psiquiatra Herbert Freudenberg, em 1970, em pacientes que lidam com pacientes psiquiátricos. Um sentimento de fracasso e exaustão causado pelo excessivo desgaste de energia os atingiu, afastando-os das tarefas cotidianas. Mas o Burnout traz outras conseqüências devastadoras. As vítimas podem manifestar agressividade, hostilidade e outros sentimentos que comprometem o convívio social e família, sem contar que a síndrome provoca uma erosão na auto-estima do profissional.
É importante saber que a síndrome é diferente do estresse. Este não tem necessariamente origem no trabalho e demanda medidas mais simples. “Um bom período de férias pode melhorar uma situação de estresse”, explica Miquelina. No caso de Burnout, ao contrário, as férias tendem a piorar o quadro, pois o indivíduo se mantém ligado ao trabalho e sofre com a possibilidade de retornar. “Portanto é necessário fazer uma intervenção mais ampla com o apoio de médico e psicólogo”, afirma.
Aí esta um desafio a ser diagnosticado e tratado adequadamente, o diagnóstico deve ser sintomático e feito por equipe multidisciplinar, exames clínicos e testes psicológicos entre eles o Maslach Burnout Inventory (MIB), que ajudam no diagnóstico. “O tratamento é multidisciplinar e tem dupla abordagem, com o uso de fármacos e acompanhamento psicoterapêutico para melhorar a auto-estima”, informa Miquelina. Também é necessária uma mudança na relação do paciente com o trabalho. “Ele precisa reavaliar o espaço que essa atividade ocupa na sua vida e adotar hábitos mais saudáveis: dedicar mais tempo a família, ao lazer, ao esporte e a práticas religiosas”, diz a psicóloga.
Outro obstáculo é o baixo investimento em programas voltados para a saúde do trabalhador. “As empresas estão preocupadas, mas ainda não se traduz em ação”, afirma à psicóloga. Apenas algumas empresas oferecem programas de qualidade de vida de forma regular a seus funcionários. Como se vê, ainda falta muito que fazer nesta área.
Sinais que podem identificar o problema
COMO TRATAR
Físicos: fadiga constante e progressiva; dores musculares, distúrbio do sono, enxaquecas, perturbações gastrointestinais, transtornos cardiovasculares e disfunções sexuais.
Psíquicos: falte de atenção e de concentração, alterações de memória e tentativa de suicídio.
Defensivos: tendência ao isolamento, sentimento de impotência, perda do interesse pelo trabalho e lazer, absenteísmo, ironia, cinismo.
Comportamentais: negligência, irritabilidade, perda da iniciativa, resistência a mudanças.
O método tradicional envolve o uso de medicamentos associado a sessões de psicoterapia. Mas alguns hábitos também podem trazer benefícios importantes para o paciente.
Ø Pratique meditação ou relaxamento
Ø Faça exercícios regularmente
Ø Estabeleça um ritmo de trabalho que não prejudique sua vida social
Ø Não se sobrecarregue com responsabilidades. Delegue tarefas
Ø Desenvolva a espiritualidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Doenças e Acidentes de Trabalho: Custo Estimado em R$ 40 bilhões

O Ministério da Previdência Social gasta atualmente quase R$ 9,8 bilhões ao ano em aposentadorias especiais e custos com acidentes de trabalho. Adicionados os custos indiretos, esse valor pode chegar a R$ 40 bilhões ao ano, segundo o diretor do Departamento de Política de Saúde e Segurança Operacional do ministério, Remígio Todeschini.“Não podemos debitar essa conta ao trabalhador. Quando acontece o acidente ou a doença, quem está pagando a conta hoje no Brasil é a Previdência Social. No fundo, são todos os cidadãos”, disse Todeschini. "É preciso alertar os empresários para que estimulem a prevenção: quem oferece ambiente propício a mais doenças, mais acidentes, mais mortes, deve pagar essa conta", defende.Cerca de 90 mil pessoas estão afastadas ou são afetadas por doenças do trabalho, informou o diretor. Se forem incluídos os acidentes nessa estatística, disse, o número sobe para 300 mil por ano. "E atualmente a Previdência contabiliza 1,5 milhão de trabalhadores em licença médica", acrescentou.Para o médico Walter Simões Filho, especialista em doenças ocupacionais, as empresas no Brasil, muitas vezes, não se preocupam com o conforto e com as condições ergonômicas adequadas ao trabalhador. A lesão por esforço repetitivo (LER), provocada por movimentos que se repetem ao longo da jornada e pelo ritmo intenso de trabalho, responde por 49% – quase metade – dos casos, de acordo com a Previdência. Entre as doenças mais freqüentes estão dores lombares, sinusite e lesões de ombro e dorsais.A legislação garante ao portador de doença ocupacional benefícios e estabilidade, destaca Remígio Todeschini. “Como o prazo de 12 meses que impede a demissão, se ele tiver registro em carteira profissional e, portanto estiver protegido pelas Leis 8.212 e 8.213", exemplifica. Ele acrescnta que, caso sejam constatados sinais de doença do trabalho após o período de 15 dias de afastamento, o trabalhador deve ser encaminhado à Previdência Social pelo convênio médico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo médico da empresa. "Mas ele nem sempre está completamente incapacitado para o trabalho", acrescentou.Empresas que oferecem maior risco, com um número maior de acidentes e doenças do trabalho, pagam taxas em percentuais que vão de 3% a 6%. O diretor destacou ainda que o índice de doenças ocupacionais no país saltou de 5.800 registros em 1990 para mais de 27 mil em 2005. E disse esperar que em 2008 o Brasil ratifique a Convenção 187, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que propõe a criação de programas nacionais de saúde e segurança do trabalho, estabelecidos por meio do diálogo entre empregados e empregadores.11/26/2007http://www.notadez.com.br/content/noticias.asp?id=49320

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Estudos revelam que estresse afeta os neurônios

Até mesmo períodos relativamente curtos de estresse poderiam provocar alterações que deixam as células cerebrais hipersensíveis por semanas, informaram cientistas israelenses que tentam descobrir a origem das moléstias causadas pelo estresse traumático, segundo reportagem publicada na edição desta sexta-feira da revista Science.
Essas experiências foram realizadas com ratos e ainda estão muito longe de provar que os neurônios humanos reagem da mesma maneira.
Entretanto, a pesquisa gerou interesse entre os cientistas que se esforçam para estudar o estresse traumático causado após os atentados terroristas de 11 de setembro.
"É uma nova pista que chama muito a atenção", comentou o catedrático da Universidade Rockefeller, Bruce McEwen, que pesquisa os efeitos do estresse no cérebro.
Qualquer pessoa que experimentou algum trauma em sua vida sabe como tais ocasiões podem deixá-la nervosa. Essa é uma maneira de o cérebro se proteger contra futuros traumas, aprendendo com a própria experiência. Mas, em algumas pessoas, esse mecanismo de proteção pode ir mais longe, levando a uma grande ansiedade, pesadelos e lembranças persistentes da experiência, conhecidos como desordem pós-traumática de estresse.
Ninguém sabe como se consegue alterar de uma reação normal de estresse para uma resposta anormal, exagerada.
O cientista Hermona Soreq e seus colegas da Universidade Hebraica informaram na revista Science que um importante elemento é uma proteína cerebral conhecida como acetylcholinesterase, ou AChE, que tem um importante papel na passagem de informação de um neurônio para outro.
A secreção de uma versão anormal da proteína AchE, causada por uma situação de estresse traumático no caso dos ratos, provocou um nível de hipersensibilidade nos neurônios.
Ao realizar um rastreamento do cérebro dos ratos, encontrou-se altos níveis de atividade elétrica que duraram várias semanas.
(Com informações da Reuters)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

COMPORTAMENTO SEGURO - CIÊNCIA E SENSO COMUM NA GESTÃO DOS ASPECTOS HUMANOS EM SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Juliana Zilli Bley, Julio Cézar Ferri Turbay e Odilon Cunha Junior - Psicólogos. Consultores da COMPORTAMENTO
Artigo publicado na Revista CIPA de novembro de 2005

“Ato inseguro, o grande vilão da segurança”. “O problema é trabalhar no piloto-automático”. “É o excesso de confiança”. Frases como esta vêm sendo ouvidas pelos trabalhadores em treinamentos de segurança, em palestras de SIPAT, em reconstituições de acidentes e outros momentos nos quais a grande interrogação é: como fazer com que as pessoas se cuidem no trabalho? Geralmente a resposta para esta pergunta remete à noção de Comportamento Seguro.Em segurança, grandes avanços foram realizados no que diz respeito aos aspectos ambientais, tecnológicos, legais e organizacionais e isso fez com que os índices de acidentes fossem reduzidos de forma significativa no Brasil e no mundo. No entanto, os acidentes ainda acontecem e isso fez com que os prevencionistas olhassem com mais atenção nos últimos anos para fatores que, até então, tinham sido pouco tratados nas práticas e programas: os fatores humanos. Devido ao fato do Ser Humano caracterizar-se como um fenômeno altamente complexo e de grande variância, o chamado “fator humano” tem sido visto como uma “grande caixa preta” nas discussões a respeito de Sistemas de Gestão de SST. Como educar as pessoas? Como comprometê-las com o processo? Como melhorar o controle dos riscos? Como motivar para a prevenção?O curioso desta questão é que grande parte destas respostas já é conhecida das ciências humanas e sociais há muitas décadas. É necessário promover a aproximação do conhecimento técnico-operacional e do humano, aplicando-os no cotidiano das organizações de trabalho. Para a Psicologia, o estudo da influência humana na ocorrência de acidentes de trabalho necessita levar em conta a forma como o Ser Humano se relaciona com seu meio de trabalho. Segundo Coleta (1991, p. 77), importante psicólogo e pesquisador brasileiro no campo da segurança do trabalho, afirma que “os comportamentos, as atitudes e as reações dos indivíduos em ambiente de trabalho não podem ser interpretados de maneira válida e completa sem se considerar a situação total a que eles estão expostos, todas as inter-relações entre as diferentes variáveis,incluindo o meio, o grupo de trabalho e a própria organização como um todo (...) Acidente de trabalho, neste sentido, pode ser visto como expressão da qualidade da relação do indivíduo com o meio social que o cerca, com os companheiros de trabalho e com a organização”. Tal posição aponta para a necessidade de compreender que comportamento humano no trabalho recebe inúmeras e simultâneas influências, portanto não pode ser observado de maneira linear e simplista, sob pena de sermos reducionistas.

sexta-feira, 28 de março de 2008

SERVIÇOS DO NÚCLEO

— Elaboração de atividades de “educação”: Cursos de formação e de atualização para colaboradores das CIPAs e cursos para desenvolvimento de colaboradores das áreas de Medicina, Engenharia, Serviço Social e Enfermagem.
— Assessoria para profissionais e serviços ligados a saúde ocupacional: Implantação e divulgação para profissionais das áreas de Medicina, Enfermagem e Serviço Social, Saúde Ocupacional e para Organizações interessadas.
— Levantamento do perfil ocupacional da população trabalhadora:
Fazer o levantamento de todas as empresas que trabalham e/ou podem trabalhar com saúde ocupacional. Divulgação e recomendações para projetos de melhoria dos ambientes de trabalho: A partir da análise dos ambientes de trabalho sendo possível recomendar projetos a nível de estação, seção, unidade e região que não estejam restritos somente à empresa estudada e que possam ser também indicados para outras da mesma linha de atividade existentes na região.
— Atividades para atendimento à solicitações da comunidade.